Desatando os nós
"Cada vez que não agimos por medo de errar, perdemos uma chance de acertar."
Marcio Kühne
Marcio Kühne
"SE CONSTRUIR padrões
fosse a única coisa necessária para criar novas ideias", escreveu Roger
Von Oech, "todos nós seríamos gênios criadores. O pensamento criativo
não é só construtivo, – é destrutivo também. O pensamento criativo
inclui brincar com o que se sabe – e isso pode significar o rompimento
de um padrão para a criação de um outro, mais novo. Portanto, uma
estratégia eficaz do pensamento criativo consiste em ser revolucionário e
desafiar as normas. Quer um bom exemplo? No inverno de 333 a.C., o
general macedônio Alexandre e seu exército chegam à cidade asiática de
Górdio para se aquartelarem. Durante sua estada, Alexandre ouve falar da
lenda sobre o famoso nó da cidade, o nó górdio. Uma profecia diz que
aquele que desatasse o
nó, estranhamente complicado, se tornaria rei da Ásia. Esta história
intriga Alexandre, que pede para ser levado até onde estava o nó, pois
queria desatá-lo. Ele o estuda por alguns instantes, mas, após
infrutíferas tentativas de achar a ponta da corda, não vê saída. Como
poderei desatar o nó?, pergunta. Então, ele tem uma ideia: Basta
estabelecer minhas próprias regras sobre como desatar nós. Ato contínuo,
Alexandre puxa a espada e corta o nó ao meio. A Ásia lhe estava
destinada. Copérnico quebrou a regra de que a Terra se encontra no
centro do Universo. Napoleão rompeu as normas sobre a forma adequada de
se fazer uma campanha militar. Beethoven desobedeceu as leis que
indicavam como uma sinfonia devia ser composta."
"Pense: quase
todos os avanços na arte, na ciência, na tecnologia, nos negócios, em
marketing, na culinária, na medicina, na agricultura e no desenho
industrial aconteceram quando alguém questionou as normas e tentou uma
outra abordagem."